SEGUNDO A FGV, CRESCE A CONFIANÇA DOS EMPRESÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

De acordo com a Sondagem da Construção do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), os empresários da construção civil estão menos pessimistas. O Índice de Confiança da Construção civil (ICST) subiu de 87,2 para 92,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto, a primeira elevação no ano. A pesquisa foi realizada de 1 a 23 de junho, junto a 664 empresas do setor. A pontuação vai de 0 a 200, sinalizando otimismo a partir de 100.

Esta é a maior alta mensal do Indicador de Confiança da Construção Civil desde julho do ano passado, o que fez com que ele recuperasse o nível do início do ano. O preço das matérias primas, que não diminuiu, ainda é um enorme obstáculo para as empresas, porém, o resultado positivo do ICST em junho refletiu a melhora das expectativas e da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento atual.

O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu de 85,5 para 89,5 pontos, maior nível desde fevereiro deste ano. A alta do ISA-CST foi influenciada principalmente pela melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 6,2 pontos, para 92,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE-CST) também avançou, de 89 para 95,4 pontos, maior nível desde dezembro de 2020. Esse resultado se deve à melhora do indicador de demanda prevista, que subiu para 95,9 pontos, e o de tendência dos negócios, que subiu para 94,8 pontos.

Apesar da percepção de melhora estar presente no setor como um todo, alguns segmentos influenciaram mais no aumento do Índice, como é o caso dos segmentos de Edificações Residenciais e Não Residenciais e de Serviços Especializados. Já nas empresas de infraestrutura, a confiança cresceu menos, mas está em melhor nível.

Um dado que vale a pena notar no setor é que, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia), nos primeiros quatro meses do ano, no setor, as contratações superaram as demissões, e a alta das expectativas sinaliza continuidade desse movimento de geração líquida de empregos na construção.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção também subiu em maio e passou para 77,4%. A maior contribuição veio do Nuci de Mão de Obra, que avançou 3,2 pontos percentuais, para 78,9%. Já o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 0,8 p.p, para 70,3%.

Fonte: SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo)


Por: Dommus