No dia 11 de janeiro de 2022, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) lançou um novo índice que deve substituir o IGP-M nos contratos de aluguel. O IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais), mede as mudanças mensais dos preços de aluguéis residenciais levando em conta os contratos efetivamente fechados.

Atualmente, não existe uma lei que obrigue a adoção de um índice específico para aluguéis e no entanto o IGP-M é o mais utilizado em acordos entre inquilinos e proprietários, porém em 2021, fatores que não tem relação com o aluguel jogaram o índice nas alturas. Em maio deste ano, por exemplo, o IGP-M ficou em quase 40% no acumulado no de 12 meses.

O IVAR, segundo economistas, reflete de maneira mais fiel o que está acontecendo no mercado. Diferente do IGP-M, que mede os efeitos da desvalorização cambial, aumento do preço dos derivados do petróleo, aumento de preço de commodities, o IVAR observa o comportamento dos preços dos aluguéis no mercado imobiliário. Com isto, esse novo índice passa a ser uma outra opção para futuros reajustes de aluguel residencial.

O índice funciona da seguinte maneira: a FGV firmou parceria com administradoras de imóveis para coletar os preços de contratos novos, reajustados e renegociados. Desta maneira eles conseguem medir, de forma mais aproximada, o comportamento do preço dos aluguéis. Pois, os preços são captados diretamente de uma base expressiva de contratos de aluguel em vigência.

Mesmo tendo sido lançado recentemente, o IVAR utiliza dados recentes para calcular, de forma retroativa, qual teria sido o valor do indicador mês a mês desde 2018. O objetivo foi construir um histórico que permitisse entender o comportamento do mercado nos últimos anos frente ao IGP-M e o IPCA.

Será o IVAR o substituto do IGP-M nos novos contratos? Ainda não temos uma resposta. A experiência do mercado determinará a sua relevância para esse propósito específico. Enquanto isso vamos acompanhando e monitorando a relevância e aceitação por parte do mercado do novo indexador.

Por: Dommus