O Comitê de Política Monetária (Copom) e suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, são acompanhados de perto por diversos setores, incluindo consumidores, governo e investidores.

A redução da Selic, como ocorreu recentemente, pode influenciar positivamente a economia, mas o impacto nas taxas de financiamento imobiliário nem sempre é direto.

Embora a queda da Selic torne o "custo do dinheiro" mais barato, a relação com as taxas de financiamento imobiliário é complexa. Isso se deve à composição do funding do crédito imobiliário, que envolve tanto a poupança quanto outros instrumentos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

A poupança, que é parte significativa do funding, tem sua rentabilidade impactada negativamente pela queda da Selic. No entanto, a migração de investidores para renda variável devido à baixa atratividade da poupança pode compensar esse efeito. Além disso, outros fatores como juros futuros e a composição do funding pelos bancos também influenciam nas taxas de financiamento imobiliário.

Apesar da expectativa de que as taxas de financiamento imobiliário possam ser reduzidas com o ciclo de queda da Selic, o mercado possui um certo "delay" para responder a essas mudanças. Isso significa que, embora as taxas ainda não tenham diminuído significativamente, o momento pode ser oportuno para aquisição de imóveis, antes que a demanda aumente e os preços se elevem.

Em resumo, compreender como a Selic afeta as taxas de financiamento imobiliário é essencial para tomar decisões informadas no mercado imobiliário, aproveitando oportunidades e evitando possíveis impactos negativos.

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Por: Dommus